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#Work&LearnXP: O que aprendemos sobre as transformações que estamos passando? - UOL EdTech

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A gente sabe que a Work & Learn Experience deixou muita gente com um gostinho de quero mais! Por isso, ao longo dessa semana, vamos compartilhar algumas coisas que aprendemos ao longo do dia. Como o evento foi dividido em 4 grandes temas vamos abordá-lo aqui, no blog do UOL EdTech, em 4 artigos. Começamos hoje, falando sobre O mundo em transformação.

 

O apocalipse e o fim da transformação digital: O que aprendemos com Silvio Meira

 

A primeira palestra do dia, ministrada por Silvio Meira, focou em transformação digital. Em seu panorama, Silvio explica o que são processos 100% físicos, como sacar dinheiro, a digitalização desses processos, pagar com cartão de débito, por exemplo, para processos 100% digitais, como fazer uma TED. Ao longo de mais ou menos 50 anos, vínhamos passando pelo que Silvio definiu como figital, ou seja, o empilhamento de diversos processos físicos de maneira digitalizada.


A crise causada pela pandemia do novo coronavírus, porém, foi responsável por fazer pessoas e empresas repensarem seus modelos de trabalho e consumo, bem como suas necessidades primordiais.

Ele explica que na última década nós já vínhamos criando mais processos em redes e saindo de formatos figitais para outros 100% digitais. A crise, então, veio como uma conclusão dessa transformação.

Fomos obrigados a criar novos ambientes de colaboração, novas formas de viver e trabalhar, mas também, novos produtos. Passamos, nesses quase dois meses de isolamento, por muitas turbulências e incertezas, mas tivemos de aprender a avaliar não só as necessidades e experiência de nossos clientes, mas o ciclo de vida de um produto ou negócio. A isso Silvio chamou de Apocalipse Digital: aprender e escalar em velocidade de crise.

Silvio encerra falando sobre a falta de foco que as organizações tinham para se digitalizar e ressalta a necessidade de criarmos times formados por gen-especialistas, que são profissionais especialistas em suas áreas de atuação, mas com amplos conhecimentos gerais de outras áreas e grandes aberturas para debater, perceber e solucionar problemas.


A adaptabilidade empresarial em um mundo em transformação: o que aprendemos com Guta Orofino


Na sequência, tivemos a palestra da Guta Orofino, falando sobre como as organizações precisaram se adaptar nesse cenário de incertezas. Ela fala sobre como ainda vivíamos um cenário de presença e cumprimento de horários para definir rotinas e jornadas de trabalho e como essa foi uma das principais e mais difíceis mudanças pelas quais tivemos que passar.

Guta explica a diferença entre teletrabalho, trabalho remoto e home office e fala sobre como, neste momento, não há mais separação entre vidas pessoais e vidas profissionais. Somos únicos, unos e não temos mais como deixar nossos problemas na porta antes de entrar num dia de trabalho.

Essa não-separação mudou principalmente os formatos de liderança e gestão de tempo. Se ainda tínhamos gestores liderando equipes no formato comando-e-controle, esses foram os que mais sofreram para entender que, se estamos dentro de casa, temos outras prioridades e, portanto, não temos mais espaço para esse tipo de liderança.

Mas há também o impacto positivo dessa mudança forçada: estamos mais empáticos, mais abertos a ouvir as necessidades de quem faz parte do nosso time, mais interessados no fator humano em nossos encontros de trabalho. Quebramos também a barreira do ou. Ao invés de definirmos projetos, pessoas e produtos como sendo uma coisa ou outra, passamos a agregar. Podemos ser pessoas e profissionais.

Guta também fala da importância de aplicar novos métodos às nossas relações profissionais. Por exemplo: se antes fazíamos rodadas de avaliação por trimestre, semestre ou ano, agora desengessamos o feedback. Damos sugestões, retornos e compartilhamos ideias na velocidade que as coisas acontecem. 

Também podemos quebrar grandes projetos em pequenas entregas, a fim de termos não só mais agilidade, mas também mais motivação e acompanhamento de resultados ao longo das entregas.

Ela encerra falando sobre como não conseguimos prever o que acontecerá no futuro, mas que já é claro que muitas organizações adotarão políticas de trabalho remoto com maior frequência, e que as equipes tendem a serem formadas por mais profissionais de alta performance, que dependem cada vez menos de comandos para entregarem suas demandas. A dica de ouro que Guta nos deixa é que as organizações precisam fazer entregas de valor claras, concisas e consistentes.