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Transformação digital é só sobre tecnologia? - UOL EdTech

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Se você acompanha nosso blog há algum tempo, já deve ter visto nossos conteúdos sobre transformação digital. Acreditamos que mais do que digitalizar processos, produtos e serviços, temos hoje uma rotina que é cada vez mais digital. Como Silvio Meira e Guta Orofino disseram em suas palestras na Work & Learn Experience, a pandemia do novo coronavírus acelerou as mudanças no âmbito dos negócios, mas nós já passávamos por pequenas transformações digitais contínuas nas últimas 5 décadas. Mas o que é, então, a transformação digital?

 

Os processos de transformação digital

 

Falamos de transformação digital nas últimas 5 décadas com o surgimento, ascensão e mudança de tecnologias como telefone, fax e internet. Mesmo quem está na web desde a popularização das redes domésticas, por volta da década de 1990, percebe que a rede que conhecemos hoje é completamente diferente da que conhecíamos 2 ou 3 décadas atrás. O que vivemos hoje é uma revolução de dados, embora também tenhámos passado por uma rápida adaptação a novos processos de colaboração, contato e relacionamento por conta da crise sanitária atual.


Nas empresas, esse processo de transformação digital fez com que voltássemos nossos olhares e tomadas de decisão para e a partir dos dados que as ferramentas digitais nos apresentam.

 

Transformação digital é mais sobre cultura que sobre tecnologia


Peter Drucker diz que “a cultura come a estratégia de café da manhã”. E o pensamento por trás dessa frase é de grande importância para toda organização que busca inovar focando exclusivamente na aquisição e disponibilização de novas tecnologias – softwares e hardwares – para que seus colaboradores desempenhem suas funções. De que adianta, por exemplo, todos os colaboradores terem acesso a ferramentas analíticas como o Power BI ou o Tableau se a gestão executiva segue tomando decisões com base em feelings ou agendas próprias não apoiadas em informações concretas?


Todo processo de transformação digital precisa ser abraçado e propagado pela alta gestão para que a cultura da organização se transforme de maneira constante, acelerada e permanente. Não podemos desconsiderar o medo que existe em todos os níveis de adotar novos processos e tecnologias, mas quando a cultura permite – e encoraja – testes, erros e adaptações digitais, os negócios crescem mais e mais rápido.

 

Transformação digital, internet das coisas e big data

 

Para muita gente, big data é mais um termo corporativo repetido à exaustão, mas pouco compreendido.

 

Para tentar explicar de maneira mais prática, vou falar sobre uso da internet comercial. Até os anos 2000, cada pessoa produzia, em média 150 megabytes de dados. Computador pessoal e conexão dial-up eram privilégios de poucos. Entre 2000 e 2010, fomos introduzidos à banda larga e aos primeiros smartphones que também acessavam à internet. Nessa época, a produção de dados por pessoa chegou a mais ou menos 250 megabytes.


Quem viveu esses dois processos de popularização da internet vai lembrar que começamos a produzir conteúdo online em blogs e redes sociais ainda na primeira metade dos anos 2000. Mas foi entre 2010 e 2015 que tivemos o boom da popularização dos smartphones, planos telefônicos com inclusão de dados e redes sociais. E foi nesse período de 5 anos que saltamos também para uma produção anual de 1 terabyte de dados por pessoa. Isso porque cada like que damos numa rede social é um dado sobre nossos interesses, comportamentos, impressões e anseios.


De 2017 para cá, investimos também em outros gadgets inteligentes como relógios, fones de ouvido, assistentes domésticos (como o Google Home e o Amazon Echo) e afins. A produção de dados por pessoa saltou para +10 terabytes por ano. E são essas informações obtidas pelos objetos digitais – como as que o relógio inteligente monitora – que chamamos de big data.

 

A transformação digital tem fim?

 

A resposta é sim, se pensarmos que transformação digital é a digitalização de processos, produtos e serviços. E não, se considerarmos que cada vez mais teremos mais objetos conectados e dados sendo coletados.


Para os negócios, a ideia que precisa ficar latente é a de que a transformação digital é um caminho para a inovação, mas não o único caminho. Mas isso é papo para outro post.


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